quarta-feira, 18 de agosto de 2010

5º Capitulo - Estava muito bom para ser verdade.



E Helena passa mais uma noite fora de casa, sua mãe bem cedinho liga em seu celular, mas como esta sem bateria acaba caindo na caixa postal. Então Elizabeth liga na casa de Julia, e quem atende é a própria Helena.
- Alô.
- Bom dia, a senhora poderia me dar uma informação?
- Quem gostaria?
- Eu sou a Elizabeth Chavier Prato, mãe de Maria Helena Prato. Gostaria de saber se ela se encontra ai?
Helena tentou dar uma disfarçada, tentando imitar a voz da empregada. Mas aos fundos Julia a grita perguntando quem era no telefone, e a farsa acaba ali.
- Helena? Helena é você minha filha?
- Não senhora, deve ser um engano, eu me chamo Helena mas sou a nova empregada da família Tedeschi. Me desculpe mas ontem apenas a Helena veio aqui. Mas foi embora no mesmo dia.
- Helena eu conheço a sua voz, venha já pra casa minha filha, tem uma surpresa pra você. E eu sinto que tanto você quando seu cão pulgue... é Hans vão gostar de ver.
- Ta bom, mas eu vou primeiro tomar café ok?
- Esta bem minha filha. Venha já.
- Ta bom.
- Tchau.
Helena desliga o telefone na cara de sua mãe. Não quer nem saber qual é a surpresa, mas sem sombra de duvidas ela ira amar quem lhe espera. Algumas horas depois, as meninas tomam o café e arrumam a casa, enquanto isso a mãe de Julia chega e lhe oferece carona para levá-la em casa. Helena aceita e vai atrás com Hans, Julia e sua mãe na frente. Já chegando à frente de sua casa, Helena nota um carro estranho, um carro familiar, mas não lembra de quem pertence. Mas se recorda de que já havia andado nele. Julia se despede de Helena e comenta que ligara para ela mais tarde, Helena concorda, agradece a carona e se despede. Hans apertado, sai correndo pra trás de um moita e Helena entra em casa, nota que esta em um silencio profundo, e acha estranho. Sobe normalmente as escadas em direção ao seu quarto e quando abre a porta... seu irmão Matheus lhe espera sentado na cama. Helena corre para abraçá-lo.
- Meu irmão, meu único irmão, quanto tempo.
- Helena, onde andavas enfiada meu amor?
- Estava brigada com mamãe, e tive que sair para esfriar a cabeça. Não sei como consegue, eu entendo papai só.
- E eu mamãe.
- E falando em sua mãe, onde estas ela?
- Ela foi no mercado comprar algumas coisas. Afinal de contas, eu vim pra cá, ela tem que fazer uma festa kkk.
- Elizabeth e suas festas ...
Helena e Matheus caem na gargalhada. Depois de uma longa conversa colocando o papo em dia, os dois descem para ajudar na festa. Elizabeth nem briga com Helena por ela ter fugido de casa, pois estava bem mais ocupada dando toda sua atenção ao filho mais velho. Helena se sente um pouco cansada e sobe pro seu quarto. E o telefone toca, era Vinicius quem ligava.
- Alô
- Amor?
- Oi amor, tudo bem ?
- Tudo e ai?
- Bem também.
- É, queria dizer que eu tenho que viajar por alguns meses.
- Vai pra onde Vini?
- Inglaterra. Sobre uma proposta de emprego.
- Quantos meses você vai ficar lá?
- Eu não sei ao certo, mas pelo o que me falaram era uns 7 a 8.
- Nossa é muito tempo. Não sei se agüento ficar longe de você.
- Eu queria poder te levar, mas a empresa não deixou, te prometo que ligo toda a noite, mesmo se estiver cansado, morrendo etc.
- Ta bom, mas me prometa que não vai me esquecer.
- Kkk, magina!
- Quando vai partir?
- Hoje de madrugada, por isso que eu te telefonei.
- Nossa mais já?
- Sim. Eu tenho que tomar banho, mais tarde te telefono novamente, te amo Helena.
- Eu também te amo muito.
Helena apos desligar o telefone se senta no sofá e põe sobre seu peito o telefone. Com uma sensação estranha, olha para Hans que estava deitado no tapete próximo a mesa de canto da sala. Hans como parece que sente tudo o que a sua dona pensa, ele se levanta e vai se sentar ao lado dela, deita no colo de Helena e fica balançando seu rabo. Helena começa a pensar que poderia ser apenas um sonho, e encosta sua cabeça no sofá, Hans vê que Helena esta triste então ele se levanta e começa a puxar a blusa de frio dela. Como ainda não estava escuro, Helena leva Hans para fora, e os dois começam a brincar de pega-pega, Hans sai correndo atrás da bolinha e Helena atrás de Hans tentando tirar a bolinha de sua boca. Já escurecendo Helena já cansada se senta na beira da calçada, e começa a observar as estrelas. Hans pega a bolinha e coloca a cabeça no colo de Helena, e ficam por ali durante alguns minutos. Naquele silencio, Helena se sente incomodada e começa a conversar com Hans.
- Por mais que seja estranho eu conversar com um cachorro, eu sei que você não é apenas um cachorro qualquer, você é especial. Nunca me deixou sozinha. Hans eu estou muito triste porque o Vinicius foi viajar nas ultimas horas, já há essa hora ele deve estar no avião, e eu aqui pensando nele. Eu tenho certeza que ele deve estar jogando, escutando musica, dormindo ou coisa parecida. Mas a ultima coisa que ele faria é pensar em mim, como qualquer garoto na face da terra. Todos são assim! Todos mesmo.E naquele momento escorre um lagrima nos olhos de Helena, Hans vê que sua dona chora, não apenas chora, mas chora com dor, a dor de saber que seu amor não a ama como ela o ama. Hans se levanta e com um gesto de carinho, lambe a lagrima que acaba de cair dos olhos de Helena, ele se senta, pega a bolinha e abana seu rabo. Helena abaixa a cabeça e da uma gargalhada muito alta, Hans começa a latir e sua empregada sai.
- Helena! O que esta acontecendo ai? Hans não para de latir, entre já! Se sua mãe lhe pegar ai fora, ela vai brigar comigo, não com você.
- Ta bom Cecilia! Poxa, eu só estava brincando com o meu cachorro. Não posso?
- Poder pode, mas ele ficar fazendo esse escândalo no meio da rua é que não! Ande logo, se mecha, vou colocar a comida na mesa agora.
- Ta, mas que saco poxa!
Hans sai correndo igual um doido e entra, Cecilia sem o que fazer se esconde atrás da porta para tentar se defender do mostro de quatro patas que Hans é. Helena começa a rir freneticamente, e Cecilia caída atrás da porta começa a gritar socorro. Helena sem forças de tanto rir tenta ajudar, mas não consegue e cai em cima de sua empregada, Hans pra completar deita em cima de Helena. E todos começam a rir, Hans como é um cachorro, e cachorros não riem, ele lati sem parar. Quando a mãe de Helena vê aquela sena, vira uma fera! Ela já não gosta de Hans e vê ele encima de Helena que esta caída no chão em cima de sua empregada, então pira de vez.
- QUE FESTA DE FAVELA É ESSA AQUI NO CHÃO DA MINHA SALA?
- Ih mãe, desencana!
- OLHA COMO VOCÊ FALA COMIGO HELENA! SUBA VOCÊ E SEU CÃO PULGUENTO PRO SEU QUARTO AGORAAAA! E PRA APRENDER VAI FICAR SEM JANTAR.
- Aff, eu vou mesmo, sabe por quê? Porque não quero ficar olhando pra sua cara toda esticada que tenta arrumar depois dos seus oitocentos e quarenta e dois anos!
- HELENA ME REPEITE SUA GAROTA MIMADA!
- Quem me mimou foi você, então não pode falar nada. Morra, suma da minha vida! EU TE ODEIO!
- OH QUE INGRATA! AMANHA VAI FICAR SEM SAIR E SEM INTERNET PRA PODER APRENDER!
- É o que veremos!
Helena então pega a coleira e Hans e sobe correndo pro seu quarto, quando chega lá, bate a porta com tudo, a janela começa a tremer de tão forte que foi a pancada da porta. Ela senta em sua cama, pega seu travesseiro e começa a gritar, gritar e gritar.

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